“Bridgerton” e Raça: Boa série, mas não vai muito além da Representatividade


Os atores Regé-Jean Page, Phoebe Dynevor, Jonathan Bailey, Ruby Barker e Luke Newton em uma imagem publicitária da série. (Fonte: Netflix/Internet)

Aventurando-se no revisionismo histórico, a série Bridgerton, que inicia a parceria da rainha do drama Shonda Rhimes com a Netflix, ao final de sua 1a. temporada deixa uma série de dúvidas sobre as relações raciais do início do século 19.

Depois de algum tempo, e com tanta coisa para assistir e lidar, pandemicamente falando, finalmente assistimos e agora podemos falar sobre “Bridgerton” que estreou há alguns meses na Netflix. A produção é, sem dúvida, algo extraordinário. Mas, depois da grande expectativa criada pela representação negra na série, nota-se que neste ponto específico a trama ficou nos devendo maiores explicações sobre os personagens negros.

A aguardada parceria da produtora Shonda Rhimes com a Netflix se iniciou com “Bridgerton”. Shonda, conhecida por suas séries de sucesso, como “Scandal”, “How To Get Away With Murder” e, claro, o drama médico “Grey's Anatomy” que completa sua 17a. temporada, é considerada a rainha do drama televisivo estadunidense. Seus dramas são recheados com fortes doses de reviravoltas, por vezes altamente absurdas, e “Bridgerton” segue a linha do 'novelão shondiano' romantizando—em demasia, na nossa opinião—as relações raciais na Inglaterra do início do século 19.

“Bridgerton” é baseada no romance histórico da autora Julia Quinn que foi apresentado ao público em 9 livros lançados entre 2000 e 2013. Shonda é a produtora executiva da série, mas é o seu colaborador de longa data, Chris Van Dusen (“Grey's Anatomy” e “Scandal”), o responsável pela criação e pelo comando da produção.

É interessante ver que o lançamento e o sucesso da série ainda nos mostra o vazio deixado pela série de época britânica “Downton Abbey” (2010–2015), que conquistou grande audiência nos EUA e saboreou muitos elogios, e também algumas críticas por seu elenco 99,9% branco. “Bridgerton” é um conto sobre a busca pelo amor na Inglaterra dos anos de 1810, que assim como outras séries também tenta conquistar o público de “Downton”. Mas, diferentemente de “Downton”, “Bridgerton” faz uma revisão histórica onde negros integram a nobreza inglesa, começando pela própria rainha (vivida pela atriz Golda Rosheuvel)—baseada em uma teoria que afirma que a Rainha Charlotte of Mecklenburg-Strelitz (1744—1818) era descendente de negros, teoria que é questionada por alguns.

A atriz Golda Rosheuvel, no centro da foto, no papel de Rainha Charlotte. (Fonte: Netflix/Internet)

Esta representatividade negra serviu pesadamente como publicidade da série no Brasil, onde foi altamente celebrada como forma de noticiar sua estreia, como o artigo “Bridgerton: Série de época com negros em papel de nobresbate recordes de audiência”, que diz:
“Com muita representatividade negra a série chamou a atenção dos telespectadores por ter atores negros representando nobres europeus no século XIX. […] A diversidade da série agradou milhões de pessoas, mas o fato da representação fictícia de negros em posições de destaque incomodou algumas pessoas”.

O artigo “A rainha Charlotte era negra? Como Bridgerton trata a questão racial, também segue a mesma linha de celebração:

“Embora seja difícil determinar com precisão qual é a origem da rainha Charlotte, Bridgerton acertou ao representar a personagem—e vários outros—com atores e atrizes negras. O apagamento histórico da cultura e ancestralidade negras é uma realidade, por isso é importante aproveitar cada oportunidade para falar mais sobre o tema e resgatar o contexto histórico que foi perdido. Um bom exemplo disso é como a personagem traz traços da cultura africana em seus penteados e roupas—tudo dentro do contexto da aristocracia do século 19”.

O primeiro artigo diz que algumas críticas negativas à série demonstram incômodo com o fato de negros serem apresentados “em posição de destaque”, fazendo referência aos comentários feitos ao artigo “Como'Bridgerton' evitou ser uma série de época só com atores brancos” de Beatriz Amendola para o portal UOL. Visitando a sessão de comentários deste último artigo, constata-se que vários comentários revelam, na verdade, o desconforto com a visão bem pouco realista da experiência histórica dos negros mostrada na série. Já o segundo artigo, contraditoriamente celebra a série por “resgatar o contexto histórico perdido” sem questionar o total apagamento que a série faz do regime escravocrata fortemente vigente na época.

Essa é uma questão relevante, em especial para o público que foi levado a assistir a série pela propagada "representação negra" na trama, um público que hoje tem inevitavelmente uma visão racializada nesta era pós Vidas Negras Importam e pós George Floyd. Esse público parece esperar mais do que uma representação negra marcada apenas pela inclusão de atores negros no elenco. Assim, as críticas negativas sobre a série também podem indicar a falta agência (a capacidade de intervir no mundo) nos personagens negros representados em “Bridgerton”.

Porém, outros críticos vão além da celebração da representatividade negra da série e investem em uma análise bem mais interessante da produção. E é crítica cultural, doutora pela Harvard University e professora de Estudos Afro Americanos, Salamishah Tillet, que vai bem mais fundo em sua análise sobre a representação racial na série, já no título de seu artigo “‘Bridgerton’ Aborda Raça. Mas Sua Essência é Basicamente Escapista”, publicado no The New York Times. Salamishah reconhece os vários atributos positivos da série, como a qualidade do extravagante figurino. Ela afirma que o sucesso da série “prova que pessoas de cor não precisam ser apagadas ou existirem unicamente como vítimas do racismo para que um drama de época britânico possa prosperar”—algo que claramente difere da abordagem de “Downton Abbey”.

Para a autora, esta abordagem de “Bridgerton” oferece a oportunidade para talentosos artistas negros que têm sido amplamente ignorados em produções do gênero. Contudo, a autora sugere que ao evitar tanto o regime escravocrata quanto o fervoroso movimento abolicionista que surgiu em Londres no início do século 19, “Bridgerton”, em última instância, opta pelo escapismo.

Os cenários e figurinos magníficos, a narração feita pela lendária atriz Julie Andrews, a excelente produção musical, e as picantes cenas sensuais—fornecendo uma dose de pornô dietético já presente em algumas produções televisivas atuais —, são elementos que adicionam um forte tom de conto de fadas para adultos nesta trama, que é sem sombra de dúvidas, visualmente perfeita.

Em sua primeira temporada, contudo, a série deixa várias dúvida aos olhos altamente racializados dos telespectadores desta nossa era pós George Floyd.

Abordando questões sociais, a série se centra exclusivamente no papel da mulher na sociedade inglesa do início do século 19. A trama gira em torno da abastada e influente família Bridgerton, mais especificamente, em Delphine (interpretada pela atriz Phoebe Dynevor) e seu debute na corte. Já no primeiro episódio vemos as jovens da alta sociedade se preparado para serem apresentadas como futuras esposas e mães em vários eventos sociais da corte—bailes, piqueniques, jantares etc. A estação de debutantes também é recheada por fofocas e rumores sobre a situação econômica das famílias e sobre a honra e castidade das jovens, fatores que podem arruinar as vidas dessas jovens assim como destruir a reputação de suas famílias. E aqui vemos o contexto histórico acompanhando a realidade histórica da época.

Mesmo que as diferenças sociais de gênero por si só pudessem gerar as mais variadas situações dentro da série, a coisa fica confusa quando as relações raciais da época são recriadas. E nesse universo racial-revisionista, diferentemente dos livros, a rainha da Inglaterra é inserida na série e é uma personagem um tanto quanto ativa na trama e, como já citado, ela é negra assim como o próprio protagonista masculino, Simon, o Duque de Hastins (vivido pelo ator Regê-Jean Age), o gostosão-problemático e bon-vivant. O Duque se diz determinado a não se casar e não deseja ter filhos por conta de seus conflitos com seu pai. Mas mesmo assim o cara arrebata o coração das jovens debutantes, incluindo o da protagonista Delphine.

No geral, toda essa inclusão de negros em “papel de poder” é importante e tem um propósito positivo e, por razões óbvias, necessário. Porém, em “Bridgerton”, diferentemente das relações de gênero, toda recriação das relações raciais soa fora do eixo, como se tal inclusão social do negro tivesse ocorrido pelo acaso, por sorte, e fora de um contexto de lutas. Por exemplo, como explicar o processo pelo qual negros se tornaram Duques foi possível no início do século 19, período no qual o tráfico e a escravização de africanos ainda ocorriam em pleno vigor nas próprias colônias inglesas?

No 4o. episódio ocorre o um diálogo entre dois personagens negros da série que vagamente cita tal mudança social. O Duque de Hastings conversa com a perspicaz Lady Danbury (Adjoa Andoh), figura central na vida de Simon que o auxiliou desde criança a superar sua dificuldade de fala e o protegeu do descaso e dos abusos morais de seu pai—o velho Duque buscou obsessivamente por perfeição e veio a ter um filho gago, fato que ele considerou uma falha intelectual. Simon e Lady Danbury conversam sobre a decisão do jovem duque em não se casar e não querer ter filhos e assim cessar a linhagem dos Hastings. Essa conversa fornece a única, breve e vaga explicação sobre as relações raciais naquela sociedade fictícia da série. Lady Danbury diz a Simon:

“Éramos duas sociedades divididas por cor até que um Rei se apaixonou por uma de nós. […] Veja o que isso fez por nós, permitiu nos tornar quem somos. O amor, Vossa Graça, conquista tudo”.
Simon, não indiferente ao que foi dado aos negros pelo Rei, é bem mais cauteloso sobre o assunto dizendo que tal presente é algo frágil e dependente dos caprichos de um rei branco que viesse a ocupar o trono. Essa é a única menção na série sobre como os negros chegaram às posições mais altas daquela sociedade e sobre conflitos raciais.

Lady Danbury (Adjoa Andoh) e Simon o Duque de Hastins (Regê-Jean Age). (Fonte: Netflix/Internet)

Com um certo tom de suspense, tal diálogo cria mais perguntas do que responde dúvidas: De onde vem a fortuna do Duque? Como, no decorrer de apenas uma geração, negros conseguiram alcançar um status social elevado e serem aceitos sem nenhum preconceito ou quaisquer objeções por parte da elite branca? Como o amor do rei pela rainha foi capaz de financiar e de se beneficiar político-economicamente com a criação de nobres famílias negras? Sim, sabemos, essas são perguntas muito profundas para uma série que apenas se propõe a oferecer entretenimento ao público. Porém, infelizmente, toda propaganda envolvendo a estreia da série com a representatividade negra como bandeira, pareceu indicar algo bem menos reino mágico da Disney, para adultos.

Considerando o fato de que a série se inspira na teoria que sugere que a Rainha Charlotte foi uma mulher negra, mesmo dentro de um contexto fictício é muito difícil para os olhos mais atentos desviarem a atenção do fato de que os negros, naquele exato momento da história, estavam sendo traficados e sendo submetidos ao trabalho forçado nas colônias inglesas; e, que os próprios nobres e a própria realeza inglesa engordaram suas fortunas com o tráfico e com o uso de mão de obra escrava. No final, “Bridgerton” parece criar um universo paralelo, florido, com o único e simples propósito de abordar, explorar e reforçar a teoria da ancestralidade negra da Rainha Charlotte.


A atriz Golda Rosheuvel como Rainha Charlotte. (Fonte: Netflix/Internet)

E nesse universo paralelo, a própria rainha é por vezes retratada como uma mulher superficial, extremamente investida na estação de 'caça marido' como promotora de eventos sociais para o debute das jovens. Ela é basicamente uma forte degustadora das fofocas da corte. Em bem raros momentos um lado obscuro e interessante de sua personalidade é visto: ela sendo atormentada pela mente debilitada do rei, onde realmente podemos ver todo talento da atriz Golda Rosheuvel. Este lado, na verdade, poderia ser melhor explorado para aprofundar as complexidades da personagem que, por vezes parece não ter uma função específica, vagando pelos episódios atrás de fofocas. Como a possível causadora das radicais mudanças sociais/raciais, a Rainha Charlotte, aparentemente a única personagem negra com agência, deveria ter um maior protagonismo na trama.

Sim, ok, “Bridgerton” é ficção; não é um documentário e nem pretende ser um drama comprometido com uma fidelidade histórica. Até aí, tudo bem. Mas a série de época apresenta referências 'sociais' históricas, e assim, ela poderia também se apoiar a uma realidade 'racial' histórica conhecida—mesmo que parcialmente—pelo público. Mesmo que não tenha pretensões didáticas, a produção necessita costurar pelo menos um ponto aberto na própria trama: a referência sobre uma radical mudança social/racial, consequência do amor do rei pela rainha. Tal referência ficou solta no ar, certamente deixando alguns telespectadores se perguntando: Como tudo antes do poderoso e transformador amor do Rei pela Rainha foi esquecido pelos personagens e ignorado dentro da própria trama?

Certamente a série não necessita ser político-ativista e nem mesmo totalmente fiel aos fatos históricos, mas é muito importante que a trama faça sentido e seja fiel a si mesma.

“Bridgerton” é a segunda tentativa de Shonda no gênero drama de época. Em “Still Star-Crossed” de 2017, a rainha do drama revisitou o clássico shakespeariano Romeu e Julieta, seguindo o drama/tragédia após a morte dos jovens apaixonados. “Still Star-Crossed” foi baseada no livro de mesmo nome de Melinda Taub (lançado no Brasil como “À Sombra de Romeu e Julieta”) e, sem mencionar raça ou cor de pele, aquela série também apresentou um elenco multirracial. A série foi cancelada após sua primeira temporada.

Várias outras produções para a TV vêm testando um elenco multirracial em dramas de época e com bem melhores abordagens com negros em papéis centrais. A série “Lovecraft Country”, criada por Jordan Peele (diretor dos longas “Corra!” (2017) e “Nós” (2019)) para a HBO, é uma delas. “Lovecraft Country” é um mistério-terror-ficção científica que utiliza de fatos históricos que realmente assombraram as vidas dos negros estadunidenses e com esses protagonizando a luta contra um sistema de horror racista. E até mesmo Ryan Murphy com a minissérie de época “Hollywood”, também para a Netflix, conseguiu resultado melhor em sua revisão histórica em etnia, gênero e orientação sexual lidando com fatos históricos e com personagens baseadas em pessoas/celebridades da vida real da indústria cinematográfica estadunidense.

Em “Bridgerton” o problema não mais está na falta de representatividade e visibilidade do negro em séries de época, mas sim em como a própria existência deste negro em posição de poder, visível, e representado faz ou não sentido dentro da trama. Ou seja, o que vem após a representativa ser alcançada? Na série, para variar, os negros não são vilões, não são vítimas. E isso é positivo. Porém eles são personagens que se adaptaram perfeitamente aos padrões de etiqueta e aos padrões sociais de gênero e de classes sociais criados e estabelecidos pela nobre elite branca. Simon, o Duque negro, por exemplo, não desconfia que o administrador de suas propriedades explora os inquilinos de suas terras que passam fome para pagar o aluguel. Ele desfruta, aparentemente sem questionar, dos seus privilégios como membro da nobreza; sem questionar a exploração da classe trabalhadora ou a posição social das mulheres. (A tarefa de questionar os padrões sociais opressivos de gênero recai sobre a jovem Eloise Bridgerton (Claudia Jessie), irmã mais nova de Delphinne, que na série representa um protótipo feminista.)

Concordamos com Salamishah Tillet sobre o erro que foi apagar completamente o regime escravocrata. Vemos este como o maior, e talvez o único equívoco da produção nesta primeira temporada. Ignorar esse terrível fato histórico é ignorar o racismo que sobrevive até os dias de hoje como uma herança concreta e direta também daquele momento histórico no qual a trama se situa. Vemos que ao não mencionar a escravidão e o racismo, a produção da série faz com que a representatividade negra se desloque do contexto histórico em que toda a trama se situa para se tornar apenas um simples preenchimento de espaço no elenco.

Discutindo o aspecto negativo de se tratar qualquer representação de negros na mídia como uma conquista de excelência, Scott Woods argumenta:

“Quando negros lutaram para se inserirem em qualquer área da mídia, qualquer representação era histórica—mas precisamos mais da nossa arte. (…) [Hoje] nós precisamos de representação, mas não podemos mais nos dar ao luxo de tratar representatividade como objetivo final”.

Até agora, representatividade parece ser o objetivo final em “Bridgerton”. Não sabemos ainda o que esperar da 2a. temporada já que o galã principal, o ator Regê-Jean Age, parece ter saído da produção. Mas é certo que a 1a. temporada ficou nos devendo detalhes sobre a súbita ascensão social dos negros na corte inglesa, e isso deveria ser resolvido. Talvez, a fortuna do Duque de Hastings poderia ter sido explicada como oriunda do tráfico negreiro ou da mão de obra escrava, por exemplo. Esse fato teria respaldo histórico, já que negros descendentes de traficantes e deescravocratas brancos de fato existiram naquele período naInglaterra—o filme “Belle” de 2013 é um bom exemplo daquelas experiências. Tal detalhe também daria maior profundidade às personalidades conturbadas do Duque pai e do Duque filho.

E ainda, referências à relações raciais baseadas em fatos históricos fariam com que a 'teoria da rainha negra' deixasse de ser uma espécie de bengala na qual a série parece se apoiar para justificar a inclusão de negros no elenco principal. Fatos históricos deveriam incluir o regime escravocrata daquele período que, sem nenhuma dúvida, dominou as esferas política, econômica e social em todo o mundo ocidental.

No mais, “Bridgerton” além de muito boa é também uma ótima diversão. Bem dirigida, com um elenco fantástico em ótimas atuações, e com uma excelente trilha sonora que inclui composições originais de Kris Bowers e versões de canções atuais com os arranjos do The Vitamin String Quartet (O Quarteto de Cordas Vitamina) que nos leva ao passado mantendo-nos no presente (como “Than You, Next” de Ariana Grande.

A atriz Phoebe Dynevor em uma cena com o ator Regé-Jean Page. (Fonte: Internet)

Sim, a qualidade visual, a música e o elenco multirracial podem justificar a alta audiência, mas há duas outras possíveis explicações para o grande sucesso da série: Primeiro, o público espera por uma resposta para a súbita resolução das relações raciais; e segundo, o público foi seduzido pelas suaves cenas de nudez e sexo do casal interracial apaixonado.

Na verdade, algumas das cenas picantes foram parar em sites pornográficos causando desconforto para a Netflix e para a atriz Phoebe Dynevor, como noticiou o site português Correio da Manhã. O mesmo site ainda diz: “Série, que inclui várias cenas explícitas de época, é uma das mais vistas da [Netflix]”. Muito embora as cenas não sejam exatamente “explícitas”, elas são algo que o público em quarentena—e as fãs do Sr. Darcy—certamente não verão tão cedo nas adaptações dos romances de Jane Austen.

c&p


 Referências:

Gabrielly Ferraz, “Bridgerton: Série de época com negros em papel de nobres bate recordes de audiência”. Mundo Negro; Janeiro de 2021. 

Camila Sousa, “Charlotte era negra? Como Bridgerton trata a questão racial”. Omelete; janeiro de 2021.

Beatriz Amendola, “Como 'Bridgerton' evitou ser uma série de época só com atores brancos”. UOL; dezembro de 2020. 

Salamishah Tillet, “‘Bridgerton’ Takes On Race. But Its Core Is Escapism”. The New York Times; janeiro de 2021.

Kathleen Chater. “Black British history”. Arquivos do Making HistoryProject, Institute of Historical Research; School of Advanced Study, University of London. 

Sott Woods. “Black Exceptionalism Is Not Always Black Excellence”. Medium.com; março de 2021.

“O Que eu Senti Falta na Adaptação de Still Star-Crossed”. La Oliphant; junho de 2018.

“Filme 'Belle' mostra a história real de uma nobre inglesa mulata”. Globo News; janeiro de 2015.

“Netflix em guerra contra sites pornográficos por causa de cenas de sexo em 'Bridgerton'". Correio da Manhã; janeiro de 2021.



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