Para começar o ano de 2021 pensamos em oferecer imagens brilhantes, mágicas e reveladoras da nossa galáxia. Estas imagens talvez possam nos conectar com o nosso planeta e ao mesmo tempo nos mostrar que somos uma pequenina parte de algo muito maior. Feliz Ano Novo!
O site Capture the Atlas apresenta anualmente uma seleção das melhores fotos da Via Láctea. A selção forma um conjunto extraordinário de fotografias.
Em sua página “25 Fotografias Mais Inspiradoras da Via Láctea”, o Capture the Atlas nos mostra o esplendor dos céus. Nessas fotografias vemos o quão linda e imponente é a Via Láctea, especialmente quando ela aparece como um brilhante pano de fundo para as mais belas, mágicas, inóspitas e enigmáticas paisagens do nosso planeta. Como a foto abaixo.
1, “Winter Milky Way” (Via Láctea Invernal), fotografada pelo Dr. Nicholas Roemmelt. Marmolada, Dolomitas, Itália.
“Esta rota de escalada é localizada na face sul da Marmolada, a 'Rainha das Dolomitas'. Quando vi esse portal glacial, instantaneamente um tubarão gigantesco me veio à mente, e eu quis fotografar essa imagem como um tributo a Hansjörg Auer, um dos melhores alpinistas de nossos tempos, que infelizmente faleceu [em uma avalanche] no ano passado.
Embora a Via Láctea durante o inverno e início da primavera é frequentemente ignorada na fotografia astro-paisagística, eu realmente amo as estrelas mais brilhantes (umas das mais brilhantes do céu noturno), as constelações coloridas, e os elementos menos brilhantes desta parte da nossa galáxia quando o seu núcleo está abaixo do horizonte”.
Mas fotografar os astros, as estrelas, a galáxia, não é uma coisa fácil. O site descreve o processo de fotografar a Via Láctea:
“Fotografar a Via Láctea é uma das experiências mais desafiadoras mas é também uma das mais gratificantes. Requer planejamento e há sempre alguns detalhes técnicos a serem considerados. No entanto, ver a galáxia capturada na tela da sua câmera é uma emoção difícil de descrever.
Qualquer grande fotografia da Via Láctea sempre vai além das etapas técnicas; há um momento, uma história, e uma semente que vem crescendo na mente do fotógrafo por algum tempo até todos os elementos estarem alinhados para a criação a imagem”.
Algumas das fotos parecem ter saído de um conto de fadas e outras, parecem terem sido tiradas em algum planeta de uma ficção científica, como a foto acima tirada no Alpes italianos que poderia ilustrar vários desses contos. Cada foto tem uma história, cada foto é um momento.
2, “Milky Way Over Parque Nacional del Teide” (A Via Láctea Sobre o Parque Nacional do Teide), do fotógrafo Mehmet Ergün. Parque Nacional del Teide, ilha de Tenerife, Canárias, Espanha.
“Esta foto foi tirada em uma das minhas ilhas favoritas: Tenerife. Esta é uma ilha com possibilidades ilimitadas onde você pode desfrutar da natureza em toda sua glória. Em particular, o céu noturno sobre Tenerife que é famoso mundialmente por suas condições excelentes para a observação das estrelas e para a astrofotografia.
No Parque Nacional del Teide, todo canto é diferente e lindo, eu simplesmente amo”!
“Nós passamos algumas noites nesse local elevado, e todas as manhãs tínhamos que descer até o campo de base (localizado a 3.000 metros de altitude) para descansar e dormir. A visão da Via Láctea é simplesmente espetacular; e é bem fácil se sentir como se você estivesse em uma estação espacial. No entanto, fotografar em tal altitude não é fácil; para prevenir os efeitos de uma hipóxia grave e manter o foco, tivemos que usar oxigênio extra. Também, você precisa se mover lentamente para preservar energia. Uma das características únicas desta localização geográfica é que a parte mais brilhante da Via Láctea (o Bojo Galático) basicamente culmina no zênite, o que fornece uma visão absolutamente impressionante de todo o céu noturno”.
“As árvores em Deadvlei estão mortas por mais de 500 anos. E, localizadas no Parque Namib-Naukluft na Namíbia, estas pequenas árvores cresceram após os rios locais inundarem devido a severas chuvas, mas elas morreram após as dunas de areia se deslocarem e seccionarem os rios.
No alto e à distância, a nossa galáxia, a Via Láctea, forma um arco sobre um caule bifurcado nesta imagem noturno-panorâmica. O solo de argila branca parece brilhar refletindo a luz das estrelas. Emergindo à esquerda, abaixo do arco da Via Láctea, está a faixa de luz zodiacal—luz solar refletida pela poeira em órbita no interior do sistema solar. A direita, bem acima de uma das maiores dunas de areia da Terra, os olhos mais astutos verão a Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da nossa galáxia Via Láctea”.
5, “Madeira Stars” (Estrelas da Madeira), fotografia de Daniel Kordan. Ilha da Madeira, Portugal.
6, “Double Arch” (Arco Duplo), do fotógrafo Pablo Ruiz García. Picos da Europa, Espanha.
“Durante minha última viagem à Madeira, eu caminhei sob bilhões de estrelas e sobre um oceano de nuvens. Soa como um conto de fadas, mas Madeira é uma ilha que oferece essas oportunidades.
Naquela noite eu fotografei a Via Láctea apenas uma hora antes do sol nascer de um dos picos mais altos da ilha. No fundo há um “cloudfall” ['cachoeira de nuvem, em tradução livre], um fenômeno que ocorre em algumas ilhas do Atlântico onde as nuvens caem em cascata de um vale a outro como uma cachoeira”.
“Esta espetacular formação rochosa na forma de um arco está localizada no desfiladeiro “La Hermida”, nos Picos de Europa da Cordilheira Cantábrica, ao norte da Espanha.
Este arco está localizado sobre uma larga e quase vertical parede de calcário que foi moldada pelo Rio Deva. Enquanto eu buscava por novas locações, um amigo daquela área me falou sobre este lugar. Decidi ir até lá e verificar, e após uma esclada difícil achei o lugar. Eu certamente fiquei surpreso com as vistas incríveis e com o tamanho do arco. Fui capaz de planejar e preparar esta foto para o dia seguinte quando as condições estariam melhores.
Nós passamos a noite neste local para fotografar uma vista panorâmica de quase 360° composta de 3 fileiras verticais: 2 fileiras para o solo e 1 para o céu.
A princípio, minha ideia inicial era capturar o centro galático dentro do arco, mas no final decidi fotografar os dois arcos sobrepostos nesta época do ano (final da primavera) quando a Via Láctea ainda não está tão alta no céu”.
7, “Oregon Nights” (Noites de Oregon), fotografia de Chance Allred. Oregon, Estados Unidos.
“Este cenário foi particularmente desafiador de fotografar por conta das condições do vento, mas eu consegui tirar as fotos que precisava por estar na posição perfeita para fotografar a Via Láctea usando meu rastreador de estrelas”.
8, “Alien Eggs” (Ovos Alienígenas), da fotógrafa Debbie Heyer. Badlands (Terras Desoladas) do New Mexico, Estados Unidos.
“As Terras Desoladas do New Mexico compõem um local miserioso, do outro mundo. A paisagem se assemelha a um planeta alienígena. Se você não acredita em alienígenas, vai passar a acreditar após ver esse lugar. Não é um terreno fácil de navegar, e muito fácil para se perder. Felizmente meus amigos conheciam bem a área e pudemos curtir esse paraíso para os fotógrafos que oferece possibilidades infinitas e que me deixou boquiaberta!Esta foto foi tirada em outubro de 2019 em uma turnê de duas semanas com amigos pelo sudoeste estadunidense. Foi a melhor maneira de terminar a estação da Via Láctea”.
9, “Enchanted Monastery” (Mosteiro Encantado), fotografia de Ramón Morcillo. Ávila, Espanha.
“A ideia de fotografar um antigo mosteiro sob a Via Láctea nas montanhas espanholas rolou na minha cabeça por meses.
Eu estava fascinado com a ideia e planejamento desta imagem; tendo o arco da Via Láctea sobre o antigo e solitário campanário. O mosteiro foi um convento agostiniano fundado em 1504 chamado de “Mosteiro de Nossa Senhora do Rochedo”. Algumas centenas de milhas de carro seguidas por uma longa caminhada e uma desafiadora escalada, chegamos neste lindo e mágico local.
A cereja do bolo foi iluminar sutilmente a parte superior do campanário e me posicionar em uma das janelas para criar esta imagem panorâmica composta de 14 céu/solo fotos e conseguir um resultado muito especial”.
10, “Space on Earth” (Espaço na Terra), da fotógrafa Elena Pakhalyuk. Geleira Tasman, Nova Zelândia.
“Na Nova Zelândia, se você for um astrônomo ou simplesmente um adorador do céu noturno, é fácil esquecer o que é dormir. Aqui os céus nos colocam em um mágico funil espacial.
No dia em que tirei essa fotografia, esperamos pela Via Láctea por mais de 4 horas. Houve uma forte chuva e mais tarde nevou, mas de acordo com a nossa previsão os céus se abririam em algum momento, então decidimos esperar pelas estrelas. Nossa previsão estava correta (algo raro em Crimeia, onde vivo e normalmente fotografo a Via Láctea).
Não importa se a temperatura é -12Cº e se suas pernas e braços estiverem congelados—não dá pra pensar em mais nada além do céu sobre sua cabeça. Se você ama aventura, montanhas, e observar estrelas, a Nova Zelândia é o lugar que você precisa visitar!”
Visite o site Capture the Atlas para mais fotos e especificações técnicas de cada foto.
c&p
Nenhum comentário:
Postar um comentário
('Trollagens' e comentários desrespeitosos e ofensivos não serão publicados):