Uma das apresentações do último dia do festival acabou se tornando uma das cenas mais marcantes de seu filme: a apresentação de Anita O'Day (1919–2006).
O clipe abaixo, parte do documentário de Bert Stern, mostra a interpretação cativante de Anita para o clássico do jazz, “Sweet Georgia Brown” (música de Ben Bernie, Maceo Pinkard; letra de Kenneth Casey) e sua versão de batida rápida e alegre para o outro clássico, “Tea for Two” (música de Vincent Youmans; letra de Irving Caesar). A cantora foi acompanhada por Jimmy Jones no piano, Red Mitchell no baixo, John Poole na bateria.
Anita O'Day canta “Sweet Georgia Brown” e “Tea for Two” no Newport Jazz Festival de 1958 (Newport, 6 julho de 1958). Trecho do filme documentário “Jazz on a Summer's Day”.
Em sua autobiografia, Anita O'Day relembra estar “tão 'alta' quanto uma pipa” (ou seja, doidona, chapada, drogada) durante aquela apresentação. Uma apresentação que, vale observar, foi totalmente hipnotizadora devido as suas habilidades vocais, é claro; mas também, devido a sua presença de palco e, pelo seu figurino: um chapéu preto de aba larga adornada com penas brancas combinando com o vestido preto e justo com a borda inferior em branco e, um pequeno par de luvas brancas.
Embora Anita ter relembrado estar 'viajandona' durante o show, isso se mostra um tanto quanto improvável. Assistindo a apresentação, a cantora demonstra confiança, carisma, um total controle de palco e usa confortavelmente sua habilidade no uso de dinâmica e agilidade vocal.
O documentário de Bert Stern que cobriu o festival em Newport de 1958, sem dúvida levantou a carreira da cantora, como ela mesma afirmou, “o filme me tornou uma estrela no Japão e abriu caminho para turnês internacionais”.
Com uma vida marcada por escândalos envolvendo álcool, prisões por porte drogas, uma overdose quase fatal, e uma luta de 15 anos contra o vício em heroína, a autoproclamada “song stylist” ('estilista de canções', em tradução livre), Anita O'Day ficou conhecida como a “Jezebel do Jazz ”. Ela fez parte da West Coast Cool school of jazz, um dos estilos de jazz desenvolvidos em Los Angeles e São Francisco nos anos de 1950s.
Musicalmente, ela era diferente. Anita é admirada pelo seu excelente senso de ritmo e dinâmica, e pelo uso de sua voz rouca como um instrumento, improvisando as linhas vocais como um trompetista. Os especialistas de jazz a colocam no mesmo patamar das ícones do gênero: Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Billie Holiday.
O documentário de Bert Stern que cobriu o festival em Newport de 1958, sem dúvida levantou a carreira da cantora, como ela mesma afirmou, “o filme me tornou uma estrela no Japão e abriu caminho para turnês internacionais”.
Com uma vida marcada por escândalos envolvendo álcool, prisões por porte drogas, uma overdose quase fatal, e uma luta de 15 anos contra o vício em heroína, a autoproclamada “song stylist” ('estilista de canções', em tradução livre), Anita O'Day ficou conhecida como a “Jezebel do Jazz ”. Ela fez parte da West Coast Cool school of jazz, um dos estilos de jazz desenvolvidos em Los Angeles e São Francisco nos anos de 1950s.
Musicalmente, ela era diferente. Anita é admirada pelo seu excelente senso de ritmo e dinâmica, e pelo uso de sua voz rouca como um instrumento, improvisando as linhas vocais como um trompetista. Os especialistas de jazz a colocam no mesmo patamar das ícones do gênero: Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Billie Holiday.
c&p
Nenhum comentário:
Postar um comentário
('Trollagens' e comentários desrespeitosos e ofensivos não serão publicados):