Brilhante Versão Paquistanesa de “Take Five”, Um Clássico do Jazz


Capa do disco “Sachal Jazz-Interpretations of Jazz Standards & Bossa Nova” (2010) da Sachal Studios Orchestra, contendo a foto dos compositores das músicas do disco. Começando no topo em sentido horário: Tom Jobim, Marcos Valle, Paul Desmond, Vinícius de Moraes, Dave Brubeck, Errol Garner, Burt Bacharach, e Dave Grusin.

Você já deve ter assobiado essa melodia sem saber o nome da canção; um clássico do jazz que não sai de moda. Escute a versão paquistanesa de “Take Five” feita pela The Sachal Studios Orchestra.

Muitos não conhecem essa canção instrumental por nome, mas certamente já a ouviram muitas e muitas vezes. Através de comerciais de televisão, programas de TV e das suas várias inclusões em trilhas sonoras cinematográficas, “Take Five” esteve presente nas mentes de várias gerações. Gravada originalmente por Dave Brubeck e seu quarteto em 1959, a música é um clássico do jazz que não sai de moda.

A versão do grupo musical paquistanês The Sachal Studios Orchestra, é uma gloriosa homenagem a Dave Brubeck, e faz parte do disco disco Sachal Jazz-Interpretations of Jazz Standards & Bossa Nova (“Sachal Jazz: Interpretações do Jazz Standards & Bossa Nova”) lançado em 2010. Antes de falecer em dezembro de 2012, Dave Brubeck disse que esta era a “versão mais interessante e diferente” de ‘Take Five’ que ele já havia escutado. Assista o vídeo (que virou sensação da internet na época de seu lançamento) e saiba o porque.




The Sachal Studios Orchestra

O jornal The Guardian informa que a Sachal Studios Orchestra—locada na cidade de Lahore, capital da província de Punjab no Paquistão—foi criada por Izzat Majeed, um filantropo residente em Londres. O jornal explica que quando a ditadura do general Zia-ul-Haq caiu sob o Paquistão durante os anos 1980, a cena musical clássica do Paquistão se viu em tempos bem difíceis. Muitos músicos foram levados a trabalhar em funções que nunca tinham imaginado um dia exercerem—vendendo roupas, peças elétricas, legumes, etc, aquilo que fosse necessário para sobreviver. Hoje, muitos desses músicos se uniram formando uma orquestra de 60 pessoas que ensaia em um estúdio de última geração projetado em parte pelos engenheiros de som do estúdio Abbey Road.


Take Five

Composta por Paul Desmond e gravada pelo The Dave Brubeck Quartet (Quarteto de Dave Brubeck) no seu disco ‘metricamente’ inovador Time Out, “Take Five” foi gravada orinalmente na Columbia Records na cidade de Nova York em 1o. de julho de 1959. Após dois anos da gravação, e lançamento também em 1959, a faixa se tornou a canção de jazz mais vendida de todos os tempos.

Vale a pena mencionar que Paul Desmond foi o saxofonista do quarteto de Brubeck entre 1959 e 1967, e compôs a música a pedido de Brubeck que também deu várias dicas durante a composição além do arranjo da clássica gravação.

O título “Take Five” muito embora possa parecer uma referência a expressão “to take 5” que significa “uma parada de 5 minutos”, “uma pausa pra descanso” (expressão muito usada no mundo do entretenimento durante ensaios e gravações), na verdade revela o fato de que ela foi escrita na métrica incomun de 5/4. Essa foi uma das primeiras canções de jazz com um compasso diferente da batida 4/4 e do tempo padrão da valsa que é de 3/4.

Clique aqui para ouvir e assistir a versão original de “Take Five” do The Dave Brubeck Quartet, em um vídeo gravado ao vivo na Bélgica em 1964—com Paul Desmond no saxofone!

—Muito embora seja uma peça instrumental, a música ganhou letra, presente na versão de Carmen McRae e na de Al Jarreau.

O disco Sachal Jazz-Interpretations of Jazz Standards & Bossa Nova da Sachal Studios Orchestra, inclui a versão de “Take Five” e também versões de “Garota de Ipanema” e de “desafinado”—e pode ser comprado no site Amazon.

c&p

Fonte: Sachal Music Webpage; Dangerous Minds; Harmonium – Musical Cultural from South Asia and The Diaspora; Open Culture; The Guardian; Song Facts.

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