Retrô – Arte Soviética e o Comunismo Espacial

Estação Lunar, livro infantil de autoria de Pavel Klushantsev, 1965 e 1974. 

O “comunismo” voltou à moda no Brasil. Bem, o uso da palavra é a nova moda... E para comemorar o retorno da palavra comunista (o conceito praticamente morreu há muito tempo) que, por alguma razão misteriosa, voltou para assustar os corações brasileiros—que não resistem aos objetos sintéticos made in China—, é que resolvemos mostrar a visão de artistas soviéticos para o comunismo espacial.


Isso mesmo. Os artistas soviéticos, quando não estavam comendo criancinhas, faziam arte comunista e sonhavam na conquista comunista das galáxias. Eles usaram a imaginação comunista para além da criação de uma utopia comunista do proletariado do planeta Terra. Alguns destes artistas comunistas envisionaram a União Soviética estabelecendo paraísos comunistas no espaço. Vincze Miklóso agrupou alguns desses desenhos conceituais e trabalhos de arte comunistas para o site io9.

Estas ilustrações comunistas ajudam, nós brasileiros, a entender porque devemos temer o fantasma do comunismo da mesma forma que tememos o investimento na educação, na pesquisa, e na produção de alta tecnológica: Ciência e Ficção Científica são obras Comunistas; obras do Satanás!

Relebrando: realmente houve uma corrida espacial…


Estação Lunar, livro infantil de autoria de Pavel Klushantsev, 1965 e 1974





Domo de uma estação lunar; de Andrei Sokolov



Sem título, obra de V. Burmistrov



Bases planetárias imaginadas por Andrei Sokolov, metade da década de 60







Jornada ao Cosmos, escrito por M. Vasilijev e ilustrado por A. S. Sysoyev, N. V. Shchelznyaka e N. M. Kolchitskogo, 1958



Mineradora lunar, retirado de "O Marco da Época Espacial", de M. Vasiliev, 1967



Uma cidade e uma supervia, de Sergei Gavrish




Uma comunidade no sub-solo da Lua, de Tekhnika Molodezhi



Capa da Revista Tekhnika Molodezhi ("Técnicas da Juventude"), Setembro de 1964



Uma base cercada por um tubo/túnel circular, de N. Kolchitsky, 1949



Base Lunar em miniatura (talvez o início da colonização da Lua), Capa da Revista Tekhnika Molodezhi ("Técnicas da Juventude"), Agosto de 1953



Seria esta uma Ilustração de cidades soviéticas na Lua?, Artigo da Revista Science Digest, Fevereiro de 1958.




c&p



8 comentários:

  1. Muito "comunista" o seu post! srsrsr.

    Mas gosto muito da exploração espacial, em especial a sua história.

    Também fiz um post sobre este mesmo assunto, se quiser dar uma olhada:
    http://sedeinsana.blogspot.com.br/2014/04/como-os-artistas-sovieticos-imaginavam.html

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    1. Pois é Sede Insana, atacamos o comunismo espacial de maneiras distintas ;) Gostei mesmo do teu blog--e o curti no FaceBook! Quero ficar a par de como vc vem combatendo a tua sede de conhecimento!
      Um abraço e sucesso.
      c&p

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    2. Fico feliz que tenha gostado.
      Já curti o seu também e confesso que não é a primeira vez que visito seu blog.
      Se quer acompanha-lo, a melhor estratégia é esta mesmo. Os novos posts são publicados no Facebook assim que ficam prontos.
      Abraços e sucesso!

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  2. Apesar das ilustrações serem legais e não exclusividade dos russos - basta lembrar das feiras mundiais dos americanos - a tentativa de ironia do texto é muito fraca, insonsa, demonstrando pouco conhecimento sobre temas como educação, tecnologia, ideologias...o capitalismo não é o melhor dos regimes, mas o menos pior com certeza. Todas as tentativas de socialismo fracassaram, quantas mais serão necessárias para se convencerem disso? Podem começar a xingar agora...

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    1. Caro anônimo,

      Existem mil palavras que são superestimadas hoje em dia no Brasil. “Bizarro” é uma e “Ironia” é uma outra, e ambas são usadas como adoçante nas canecas de café daqueles obcecados com seus pesos. E muitos hoje buscam “ironia” como entretenimento—o quê não deve ser visto como algo “bizarro”. Entretanto, o texto não tentou “ironizar” a eterna luta entre o “anjo capitalista” e o “demônio comunista” como você claramente entendeu. O texto “insonso” também não teve nenhuma pretensão de discursar a favor do comunismo, como você parece também ter entendido. Este foi simplesmente um “deboche” ao velho e gasto discurso que conta a estória de um fantasma que não mais existe (você mesmo diz: “Todas as tentativas de socialismo fracassaram”), mas que hoje reemerge exatamente durante o ano de eleição presidencial. Assustar a população com este discurso político mesclado com a fábula do bicho-papão, ao nosso ver, é uma tentativa de infantilizar o eleitor brasileiro e o rebaixar ao status de imbecilidade; e isso além de ser injusto, revela parte da grande desonestidade e “fraqueza” da nossa patética classe política.

      E foi por isso que não tivemos a preocupação (não foi descuido) de nos prolongarmos com análises que abordassem “educação”, “tecnologia”, e “ideologias” pertencentes ao período da Guerra Fria—análises as quais você parece estar buscando. Nossa intenção foi mostrar as muito interessantes ilustrações, e usamos para tal o “deboche” a um falso, desonesto e “repetitivo” discurso do Brasil de agora, discurso que como as ilustrações, são partes do passado.

      É interessante notar que para utilizar o instrumento da “ironia” é preciso um grande requinte literário, o quê em contrapartida exige o mesmo requinte para a sua compreensão. Ou seja, às vezes durante a procura do requinte da “ironia”, ironicamente podemos não compreender um simples “deboche”.

      Mas por quê não discutimos mais a fundo todos os aspectos da Guerra Fria? Isso se deu por consideramos nossos seguidores inteligentes o suficiente para entender tanto os títulos que introduzem as ilustrações quanto as próprias ilustrações. E claro, dependendo da curiosidade que as ilustrações possam vir a estimular nestes, confiamos que eles dominem os mecanismos de pesquisa na internet bem o bastante para viajarem à cata de mais informações sobre as ideologias que fizeram parte da corrida espacial bem como sobre as tecnologias usadas—muito embora não tentemos educar ninguém, esta ainda é uma técnica educacional eficaz: estimular a curiosidade. Também confiamos que nossos seguidores utilizariam nosso espaço de comentários para sugerir tópicos a serem abordados em nossas futuras postagens. (Já imaginou o quão longo ficaria um texto para este blog caso tentássemos cobrir todos os interesses pessoais de cada leitor? Ficaria bem mais longo do que esta resposta ao seu comentário.)

      Pedimos mil desculpas pelo fato da nossa postagem não atender nenhuma das suas expectativas intelectuais, mas sabemos que existem mil outros sites e blogs nesta internet grande de Deus onde você pode discursar a favor da sua ideologia favorita e passar as suas noites em claro rebatendo os “xingamentos” lançados aos seus comentários, algo que você parece tanto ansiar.

      Agradecemos imensamente o seu comentário!

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    2. Cúlti & Pópi, não pude deixar de notar o comentário do sujeito acima e concordo com sua resposta.

      Infelizmente, a maioria das pessoas só perde tempo pra fazer um comentário quando este visa atacar algo que não os agrada ou qualquer mínimo deslize do blogueiro.

      Sei o quanto é difícil organizar conteúdos, buscar informações e fazer novos posts. Sei também que muitas vezes o retorno não exatamente o esperado e ainda temos que ouvir muitos xingamentos (no meu caso).

      Acredito que este sujeito poderia encontrar um debate Capitalismo vs Socialismo em blogs e fóruns de discussão sobre o assunto. Porém, talvez o sujeito não tenha entendido a proposta do seu blog.

      Desculpe a intromissão, apenas gostaria de deixar minha opinião acerca do assunto e meu apoio ao seu blog, que visito e gosto muito.

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    3. Sede Insana,

      Sentimos muito pelo fato de você ter vivenciado “xingamentos”. (Parece ter virado moda, agora). Isso não é nada legal pois afeta a produção e rebaixa a reputação dos internautas brasileiros.

      Força “camarada” (rsrsrs) !
      cúlti&pópi

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